Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > BAHIA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

JUSTIÇA

‘Machado de Xangô’: entenda o símbolo que agora faz parte do TJBA

Solenidade de entrega, pelo Terreiro de Oxumaré e OAB, reafirma condição do estado laico no Brasil

Por Jackson Souza*

22/05/2025 - 5:55 h
Religiosos e autoridades do TJBA celebraram
Religiosos e autoridades do TJBA celebraram -

Símbolo da justiça e do equilíbrio, foi entregue nesta quarta-feira, 21, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), um Oxê (Machado de Xangô). A entrega, marcada pela presença de diversas autoridades religiosas e do judiciário baiano, foi feita pelo Terreiro de Oxumarê e pela Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) ao tribunal durante a solenidade.

O ato simbólico foi como uma reafirmação da laicidade do Estado brasileiro, com respeito às diversas crenças e religiões existentes no País.

A peça – feita em madeira, pó de mármore e mármore vogue – é de autoria do artista plástico Rodrigo Siqueira, com 69 cm de altura e 40 cm de largura. Foi nomeada Oju Obá Otitó (“Os olhos do Rei da Verdade”).

Leia Também:

“A nossa Justiça demonstra, com essa cerimônia, que não deve haver nenhum tipo de preconceito, seja religioso, racial ou de gênero, então, é um marco muito importante. O Estado é laico, por isso deve acolher todas as religiões e não fazer distinção entre nenhuma”, afirmou Cynthia Maria Pina Resende, presidente do TJBA.

Orixá da Justiça

A ação ocorreu no Dia de Xangô, orixá da justiça nas religiões de matriz africana. Esse foi o segundo tribunal de Justiça do País a receber o Oxê de Xangô, o primeiro foi o TJ do Rio de Janeiro (2024).

O líder espiritual do Terreiro de Oxumarê, babalorixá Babá Pecê, uma das autoridades que discursaram, se emocionou ao falar sobre um ato que busca igualdade para todos, com justiça e imparcialidade.

“Quando eu estava em frente ao microfone quase que minha voz não sai de tanta emoção, energia, e de tanta força, de poder estar aqui dentro deste espaço, que sempre foi reservado. O Estado é laico, e que todas as religiões possam fazer o mesmo, e o Estado, com esse ato de hoje, mostra realmente a laicidade”, disse Babá Pecê.

Enquanto falava no púlpito, o babalorixá quebrou o protocolo e convidou o Oju Obá da Casa de Oxumarê, Marcos Rezende, para falar por alguns instantes. No discurso, evocando o poema O Navio Negreiro, de Castro Alves, Rezende pediu respeito e, também, justiça contra a discriminação racial, lembrando da tragédia da escravização de pessoas negras.

Outras autoridades também estiveram presentes, entre elas a presidente da OAB-BA, Daniela Borges; a secretária de promoção da igualdade racial dos povos e comunidades tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães; e a deputada estadual Olívia Santana, entre outros.

*Sob a supervisão da editora Isabel Villela

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Bahia Machado de Xangô Oxe TJBA

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Religiosos e autoridades do TJBA celebraram
Play

VÍDEO: Jovem é apreendido por bater em namorada com pauladas na Bahia

Religiosos e autoridades do TJBA celebraram
Play

Chefão do CV é alvo de nova operação contra o crime organizado na Bahia

Religiosos e autoridades do TJBA celebraram
Play

Envolvidos na morte de investigador da Polícia morrem em operação

Religiosos e autoridades do TJBA celebraram
Play

Guerra entre PCC e CV no sul da Bahia provoca mortes

x