Mandioca entra em pauta na Alba no embalo de Jerônimo, o índio h2j3g

Já na carta ao Rei Dom Manuel, no ato que marcou a chegada dos portugueses, Pero Vaz de Caminha dizia sobre os índios que eles só comiam daquele inhame. Era a mandioca.

Cultivada nos quatro cantos do país, que hoje tem o sul da Bahia como maior núcleo produtor do estado, ela foi a pauta ontem na Comissão de Agricultura da Assembleia, em encontro puxado pela deputada Cláudia Oliveira (PSD).

Cláudia, que já foi prefeita de Porto Seguro, reuniu para discutir o assunto todos os segmentos da cadeia, da produção científica da Embrapa até os índios, com um detalhe: todos apostavam no índio Jerônimo, o governador, também agrônomo, como aliado forte.

Dificuldades —A agrônoma Jeilly Vivianne, presidente da Sociedade Brasileira da Mandioca, traçou um .

Da mandioca se extrai mais de 600 produtos, da tradicionalíssima farinha até cerveja e vinho, segundo ela, já definida pela ONU e a FAO como ‘a cultura do século XXI’, mas a falta de assistência técnica e dificuldades de o a créditos provoca uma situação ruim, em 1960 colhíamos 20 milhões de toneladas, hoje apenas 11 milhões.

— A mandioca é nosso grande legado indígena, mas hoje temos cada vez menos áreas plantadas.

Pior. A Bahia é o terceiro do país em área colhida, mas o 27º em produtividade. Na média, quatro toneladas por hectare, muito baixa se comparado com núcleos em Alcobaça, onde chega a 81 toneladas.

Diz Cláudia que a luta é essa, assistência técnica e creditícia para resgatar o inhame de Caminha. Jerônimo está no foco.

Cadena vai ser cidadão baiano

Nelson Varon Cadena, o colombiano que há mais de 50 anos adotou a Bahia, vai receber da Assembleia amanhã (9h) o título de Cidadão Baiano, iniciativa do deputado Robinson Almeida (PT).

Pesquisador, jornalista e publicitário, Cadena é autor de 15 livros, como 450 anos da propaganda na Bahia ou também Festas Populares da Bahia Fé e Folia, e é mais baiano do que colombiano, mas ele prefere o meio termo, colombaiano.

PP ainda está indefinido em Conquista, diz Cajado

Semana ada a prefeita Sheila Lemos (UB), de Vitória da Conquista, até soltou foguetes: o PP aria para o comando do empresário João César Guimarães Nogueira, mas ontem o presidente estadual do partido, o deputado federal Mário Negromonte Jr, em entrevista disse que não é bem assim, primeiro vai ouvir.

Ouvir quem? O também deputado federal Cláudio Cajado, o mais votado do partido lá. E o que Cajado nos diz sobre isso:

— Ainda não decidimos. Gosto muito do Valdenor (candidato do PT), mas Sheila está muito mais próxima de João Leão e ACM Neto. E também a Lúcia Rocha (MDB) tem nos procurado.

Ou seja, no mínimo é cedo para festejar.

Grito dos prefeitos funcionou. Governo anuncia ajuda gorda

Os prefeitos que se reuniram anteontem para gritar contra as sucessivas quedas do FPM, a principal fonte de receita de 90% dos 417 municípios baianos, dizem que o movimento produziu um bom resultado: ontem, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) anunciou uma ajuda de R$ 4,8 bilhões.

R$ 2,5 bilhões são como antecipação da compensação pelas perdas com o ICMS. E R$ 2,3 bilhões como compensação pelas perdas em julho, agosto e setembro.

Na Bahia, 235 prefeitos estão aptos a disputar a reeleição. Por motivos diversos, como Heráclito Arandas (PP), de Jaguaripe, que alega estar velho (77 anos), muitos já se dizem dispostos a cair fora da disputa em consequência dos desgastes que a situação atual gera.

Como a crise é generalizada, os prefeitos conseguiram o milagre de unir deputados de todos os lados.

REGISTROS

Em Caculé

Ex-deputado estadual, até abril último secretário de Bruno Reis (Ordem Pública), Luciano Ribeiro vem sendo citado como provável candidato a prefeito de Caculé, que ele já governou duas vezes. Não diz nem que sim e nem que não. Então é.

Sonso x Miúdo

José Raimundo Reis (Republicanos) conseguiu na justiça suspender a punição de suspensão por oito dias do mandato de vereador em Jeremoabo após ter acusado o presidente da Câmara, Carlos Henrique Oliveira (PSD), e outros vereadores de corrupção. Curioso: o vereador punido chamam de Zé Miúdo e o presidente de Kaká de Sonso.

Edson e Jeremias

Já na ilha de Boipeba, em Cairu, o Ority Praia Bar promove até amanhã o Festival Sunset Boipeba, com um detalhe: as atrações principais são Edson Gomes e Jeremias Gomes, o filho dele. A propaganda turbina o tom: Tal Pai, Tal Filho.

Filho maldito

Bombou na mídia e nas redes a estátua de Daniel Alves, o craque da seleção preso na Espanha acusado de agressão sexual, inaugurada em 2020, em Juazeiro, a terra dele, toda coberta de plástico, o rosto tampado. Ele que tanto chutou agora é chutado.