BAHIA
Prefeitura de Salvador garante piso salarial para professores; entenda
Expectativa é que, com a proposta, greve em Salvador seja encerrada
Por Lula Bonfim

A prefeitura de Salvador, sob o comando do prefeito Bruno Reis (União Brasil), encaminhou para a Câmara Municipal nesta sexta-feira, 16, uma proposta de reajuste salarial para os professores do município de pelo menos 6,27%. A ideia é garantir o cumprimento do piso salarial para todo o magistério da rede municipal e, dessa forma, acabar com a greve da categoria.
Para garantir o pagamento do piso, a prefeitura também decidiu dar um aumento maior para aqueles que recebem um salário menor. Os integrantes do magistério de Salvador de nível 1 e referência A terão reajuste de 9,25%; já os de nível 1 e referência B ficarão com 6,65%.
O reajuste base de 6,27% está destinado aos professores de nível 1 e referência C, além do quadro suplementar do magistério público.
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De acordo com o secretário municipal de Gestão, Alexandre Tinoco, o reajuste proposto, ao ser somado com as gratificações fixas que os professores da rede municipal possuem, atende ao pedido de pagamento do piso nacional do magistério.
"O encerramento vai depender da APLB [Sindicato] e dos professores. A principal reivindicação era de atender ao piso salarial nacional. Com esse aumento, somada à gratificação que é fixa e permanente, isso alcança o piso", afirmou Tinoco, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.
"Independente do alcance do piso, o prefeito também atendeu com 6,27% para os demais níveis. Então, entendemos que não há mais motivo para manter a greve. E a nossa proposta de uma mesa permanente de negociação continua de pé. Estamos sempre à disposição para conversar", acrescentou o secretário de Gestão.
Na proposta encaminhada pela prefeitura de Salvador, também está presente um reajuste de 4,83% para o restante dos servidores municipais.
APLB se manifesta sobre proposta da prefeitura
Ao Portal A TARDE, o coordenador-geral da APLB Sindicato dos Professores, Rui Oliveira, reagiu contra as afirmações da prefeitura sobre a proposta de reajuste salarial e apontou que a defasagem para alcançar o piso nacional ainda é grande.
“A greve da rede municipal é pelo pagamento do piso salarial, que é uma lei federal de 2008. Para você ter ideia, professores com doutorado chegam a ganhar até R$ 3.000, sendo que o piso nacional estabelecido em lei é de R$ 4.867. Então a defasagem é muito grande”, lamentou Rui Oliveira.
“Nós paralisamos as atividades e a prefeitura afirmou, no primeiro momento, que não tinha dinheiro. Depois de muita pressão, afirmou que poderia aumentar em 6,27%. E agora com uma proposta fragmentada, que não contempla a categoria”, acrescentou o dirigente sindical.
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